inês,
e como eu não sou rebelde, estou agora a beber ice tea de manga.
anna & inês
há um ano atrás ...pelas nove e cinquenta e quatro da noite estava eu com uma página de blog à frente e com um texto lindo, decidi que ia comentar. Mal eu poderia esperar que esse dia iria transformar a minha vida para sempre. a sério que foi a essa hora? para te ser sincera, nem fazia bem ideia. sabes que às vezes bem que sou uma distraída! e acho que foi no dia a seguir, de manhãzinha, assim que acordei, e liguei o computador. estava ansiosa para ir ao blog e ver se havia novidades. foi aí que vi o teu comentário, o comentário mais bonito que eu recebera até ali. o comentário que mudou tanta coisa. eras tu. tu também sabes o quanto eu sou distraída, e para saber a hora tive de ir ver ao nosso power point. sabes que sempre pensei que tivesse sido às três? associo-nos muito às três horas, não sei porquê. eu comentei o blog e esperei ansiosamente uma resposta. no dia a seguir lá tinhas ido tu responder. eu fiquei maravilhada contigo, inês. e eu contigo. disseste-me coisas tão bonitas, tens noção? nunca ninguém me tinha dito coisas daquelas. dizias-me que gostavas muito do que eu escrevia, e eu fiquei encantada. nem eu sabia que escrevia bem, ou que escrevia pelo menos algo decente de ser apresentado. ainda me lembro. comecei logo a imaginar como serias. pensei em ti como uma menina da minha idade, mas com mentalidade de bem mais velhinha. escrevias com tanta maturidade. achei q tinhas o cabelo castanho, os olhos verdes e eras magrinha. achei q eras um doce de rapariga, e não me enganei. e eu, princesa, sempre que saía do computador era com um sorriso no rosto, tu nem imaginas. refrescava a página dos blogs mil vezes por minuto para ver se aparecia um comentário teu. e claro que também comecei a imaginar como tu serias. pensei apenas que devias ser um pouco mais velhinha do que eu. e que tinhas um coração enorme e que sem dúvida alguma, deverias ser linda. e como vês, também não me enganei. se calhar, eu também me deveria ter limitado a uma coisa assim. mas já me conheces. e sabes que tenho sempre que inventar. tenho sempre que ser diferente, marcar pela diferença. oh, tontinha, enganaste sim. eu não sou linda, nem nada que se pareça. quando falas nisso, quase que aposto que te vês ao espelho. e nada mais. tu és mesmo linda, rapariga. eu acho que tu não imaginas como fico quando me mostras fotografias tuas, pois não? não, acho que não. conta-me como é. assim que vejo alguma fotografia tua, o meu sorriso fica enorme, inês. e-n-o-r-m-e. e sinto um orgulho tão grande! não consigo de parar de pensar «que sorte que tive em conhecer a minha inês». é que tu deixas qualquer pessoa assim, amor. com um sorriso, que depois passa a dois, e depois a mil. Não és tu que tens sorte, meu amor, sorte tenho eu por ter descoberto uma pessoa como tu. Tu és um anjo, e ninguém é como tu. Não encontro, nem aqui nem na China, ninguém mais bonito que tu, ninguém que sorria como tu sorris. Ninguém que me faça sorrir, e sentir bem, como tu fazes. Exacto, nem eu. e sabes? é isso que nos mantém juntas para o que der e vier. Nunca senti que pudesse confiar tanto em alguém, como tu. Por alguma razão tu és a minha melhor-melhor amiga. Por alguma razão, nos damos tão bem e descobrimos no dia-a-dia a quantidade de coisas que temos em comum, e que nem sequer sonhávamos que fosse verdade. Por alguma razão, somos irmãs e eu gosto tanto de ti. Parece um sonho, sabes? Mas eu sei que não é. É ir à zara e ver um vestido igual ao teu e ficar especada a olhar e a apontar «a minha inês tem um vestido igual àquele». É sempre assim que eu me refiro a ti: a minha inês. Porque és minha. O meu anjo. Acordo todos os dias com saudades tuas. A saudade enorme, que dói, de não te ter aqui comigo. Não te poder dizer que estou feliz, e sorrir para ti, com a maior força e vontade do mundo. Não te ter aqui e poder abraçar-te, sempre que chego à escola de manhã, ou sempre que me apeteça. Não te poder dizer q estou triste, e que preciso muito de ti. Dói não te poder ter aqui, ao vivo e a cores. Oh amor, tu sabes que a mim também me dói. Poder abrir-te os braços e deixar-te chorar enquanto te acaricio o cabelo. Era o que eu mais queria. Dói não poder andar de mãos dadas contigo à hora de almoço, nem poder ir contigo para casa da Raquel e molhar-te com água da piscina. Já viste como seria bom se vivêssemos juntas? É como te disse uma vez: o mundo lá fora poderia estar virado do avesso, mas se tu estivesses aqui, se nos estivéssemos juntas, tudo estaria bem. tudo era certo. haveria sempre um sorriso e um abraço e uma gargalhada. Se tivesses comigo, eu era uma pessoa ainda mais feliz. Poder ter-te aqui, já viste bem? A seguir ao jantar, vínhamos as três para a sala. Eu, tu e a Margarida. Ligávamos a televisão, e eu mostrava-te as minhas conversas com o D, não gostavas? Depois sorriamos muito, e ficávamos sem saber bem o que dizer. Entretanto, ficávamos só nós, porque a Margarida adormece cedo e falávamos de coisas só nossas. Daquelas coisas que só contamos uma à outra. Mudávamos para a fox life, e bebíamos ice-tea de manga ou compal de pêra até à meia-noite. Era perfeito. Já me imagino contigo sentada no sofá ou no chão (porque nós não paramos quietas) com pernas à macaquinho do chinês, sabes? De mãos dadas, e olhares cúmplices a falar de tudo. De tudo aquilo que sabemos que não pudemos contar mesmo a mais ninguém. De tudo aquilo que é só nosso e que sempre nos pertencerá. E depois víamos Anatomia de Grey, e riamo-nos das coisas que acontecem no bloco operatório mais divertido de sempre. Contigo, qualquer série servia. Desde que estivesse contigo, estaria muitíssimo bem. sim, amor. eu imagino isso tudo tão bem! nós a comentar as séries todas, eu a ser tontinha e a dar-te a mão e meter a minha cabeça no teu colo, sabes? Mas eu sei que isso um dia vai acontecer. Quando estivermos na universidade, por exemplo. quando acabarmos a universidade, fazemos as malas, metemo-nos no primeiro avião e vamos para new york. trabalhamos as duas juntas, no escritório, e somos duas jornalistas de sucesso. escrevemos uma crónica mensal para a happy, e pronto, se quiseres, podes levar também o pedro. isso é o futuro perfeito. e sim, levo o pedro, claro. achas que eu consegui viver sem ele? e sem ti? Claro que não. e até lá arranjamos um menino mesmo perfeito para ti. sabes bem quem era o menino mesmo perfeito para mim. sabes, és a única pessoa que sabe mesmo da história toda. do inicio ao fim, sem tirar uma virgula ou um ponto final. pois sei, amor. e nunca o contei a ninguém. às vezes passo umas boas horitas do meu dia a pensar em ti e nele. é estranho, eu sei. mas penso nisso. a sério, amor? a sério, inês. às vezes dou por mim a dizer frases tuas, a ter os mesmos gestos que tu. oh, meu anjo. sabes uma coisa? quando eu e ele discutimos, forma-se um grande vazio de mim. é como se tudo acabasse, e de um momento para o outro poucas são as coisas que continuam a fazer sentido. mas depois corro para aqui, para junto de ti, falo contigo. conto-te o que se passou, e tudo passa. ajudas-me tanto, com as tuas palavras. eu sei que tu ficas assim, inês. eu sinto isso, e isso consome-me por dentro, sabias? às vezes acho que as palavras que te dou não são grande ajuda. mas no momento é o melhor que tenho.e eu também penso em ti e no pedro, penso no quanto aquele rapaz de cabelo grande ( ai, se ele ler isto, mata-me xD ) te faz feliz. e só por isso, eu já gosto dele. saber que ele te faz feliz, saber que és feliz, é tão bom, sabes? oh se sei, amor! e tu és a única que fica assim por mim, sabias disso? não, amor, não sou. tenho a certeza que há por aí montes de gente, incluindo o pedro, que ficam super felizes por tu o estares também. o teu sorriso, a tua felicidade, a tua maneira de ser são contagiantes. não deixam ninguém indiferentes. tu és um amor, o meu amor. sim, o pedro também fica assim por mim, claro. mas eu estava a referir-me a tu ficares contente por mim e pelo rapaz do cabelo grande, como se fosse contigo. e nesse aspecto és a única que o faz. ficas inteiramente feliz, e percebes, e apoias-me e entendes tudo, mesmo que eu não o diga. oh, meu anjinho, só quando amamos alguém é que a felicidade dessa pessoa é como se fosse nossa também. e eu amo-te. tu sabes. e o meu sorriso é o teu sorriso, e o teu sorriso é o meu sorriso. há-de o ser sempre. sempre. sempre. sempre. tu amas-me mesmo muito, não amas? Assim, incondicionalmente? Sim. Tu não sentes o mesmo? sinto, amor. eu amo-te, incondicionalmente. e já viste bem como é o nosso amor? É grande, é bonito, é belo e amarelo. É de todas as cores. É nosso, só nosso. E tu, como achas que é o nosso amor? o nosso amor é perfeito, é puro, é inocente, é enorme. e já há um ano que ele tem vindo a crescer. não te parece que nunca morrerá, o nosso amor? Já não me vejo sem ele. Sabes? Nem eu. Não me vejo sem o nosso amor, sem as tuas palavras, sem o sorriso que me fazes fazer. Não me vejo sem nós. Não me vejo sem ti. E sabes o que é que eu agora vi? As imagens, três delas, da nossa primeira Web. Foi tão bom, não foi. Sentir-te assim perto, aqui mesmo à minha frente. eu ainda me lembro tão bem desse dia, amor. senti mesmo que estavas ali, à minha frente, e foi mesmo bom. Tu bem sentiste os meus sorrisos e bem viste a minha cara envergonhada. Dissemos coisas sem sentido, e envergonhadas, só porque também nós estávamos envergonhadas. Nunca tínhamos estado assim, nunca nos tínhamos visto, não é? Acho que tenha sido normal. E as nossas primeiras mensagens? Eu ainda tenho guardada no telemóvel a primeira sms que me mandaste, e foste logo tão querida. Fui? Para ser sincera já nem me lembro do que disse. Mas as mensagens que mandaste continuam todas no telemóvel, numa pasta que se chama «asas para voar». Tu és querida, um doce, um amor, tudo. Tu és tudo para mim. e da primeira chamada, ainda te lembras? lembro, amor. nem sabia o que dizer. eu estava bastante envergonhada, e sei que ainda falamos da margarida rebelo pinto. estava com muito medo de dizer alguma coisa. mas mesmo assim, foi tão bom ouvir a tua voz. pois foi. mesmo bom. tens uma voz tão doce, combina tal e qual contigo. e a primeira vez que te ouvi cantar, quase que me derreti com tanta doçura. oh amor, a sério? eu quando te ouvi cantar quase chorei. ouvi vezes e vezes sem conta a gravação. mas eu canto mal e tu cantas bem. acho que é exactamente ao contrário. não, não é. tu cantas lindamente. quando fores grande, vais gravar um cd. e eu vou ser a primeira a comprar. e a fotografia da capa, sabes quem a vai tirar? ya, sou mesmo eu. e diz ao pedro que não tenha ideias. vou ficar com um sorriso enorme na fotografia da capa, só porque vais ser tu a tirar e vais estar a dizer palhaçadas para eu me rir muito. mas claro, só gravo um cd se fizeres um dueto comigo. Isso não pode ser, porque não, lá se vai o sucesso do cd. para já tu cantas bem, e depois achas que eu me ia importar com o sucesso? é óbvio que não. tinha uma música contigo e isso era o mais importante. Já me tinha esquecido de como a minha irmã está crescidinha. o cartão do cidadão diz que é um metro e sessenta e oito. ocupas. um metro e sessenta e oito vezes mil. isso dá quanto? é que comigo matemática é só quando posso contar pelos dedos ou usar a máquina, e essa não sei onde anda. não me apetece fazer contas, amor, mas dá muito. eu amo-te, sabias? eu sei que dá muito. para aí quase infinito. e saber que me amas é o que me faz fazer ficar assim: tontinha, electrica e com vontade de te fazer rir.porque tudo o que eu quero é que estejas feliz. e amanhã já é um ano.posso mandar mensagem assim que acordar, amor? amanhã já é um ano. um ano, inês! tens a noção do quanto isso é? do quanto isso significa? das lágrimas que não me deixaste derramar, e de todos os sorrisos que me fizeste fazer? e sobretudo da confiança e da segurança em mim mesma, que me fizeste ter. a nossa cumplicidade, a nossa telepatia, o nosso amor. isso ocupa um espaço enorme em mim. um espaço enorme que nunca me faz ficar totalmente vazia por muito mal que esteja. porque whatever they say, whatever they do, I'll always love you. e nothing you confess could make me love you less. e eu prometi, inês. eu prometi e isto vai ser para sempre.e sim, quero que me mandes uma mensagem assim que acordares. eu farei o mesmo. ainda te lembras disso. julgava que era só eu. vês o inês maria? vês o jura com o coração? fomos nós, as duas, que começámos com isso. ainda te lembras? da primeira vez que me chamaste princesa e eu fiquei assim mesmo muito vermelhinha. és a razão de tanta coisa, sis. eu também pensava que era só eu que me lembrava. mas é claro que somos as duas! sou tão tontinha! eu lembro-me disso tudo. vejo tudo isso. lembro-me do primeiro amo-te, e da forma como fiquei. lembro-me disso, lembro. fiz-te perder esse medo? fizeste, amor. e lembrei-me agora de que a primeira vez que eu te disse amo-te, tu quase fizeste uma festa. e eu tenho o primeiro amo-te gravado no meu telemóvel, ainda, com o nome minha anna por cima. porque és, e serás sempre a minha anna. venha o que vier. o teu primeiro amo-te fez-me super feliz. saber que me amas é a razão do sol aquecer o meu coração. venha o que vier seremos sempre uma da outra. juro com o coração. amo-te, amo-te, amo-te. sabes como eu me sinto de cada vez que digo que te amo? como, amor? com o maior sorriso nos lábios, o coração a transbordar de amor, e muito mas mesmo muito contente. estás a ver? Estou, sabes porquê? Porque me sinto da mesma maneira sempre que te mostro o que sinto, sempre que digo que te amo. sentes? sinto, amor. sinto mesmo. estamos tão bem, inês maria. E se calhar, é melhor acabarmos isto por aqui, porque senão amanhã ninguém vai ler. sim, tens razão. mas por mais palavras que utilizemos nunca chegamos a mostrar como o nosso amor é realmente. Porque ele é mais perfeito que todas as palavras. E como tu uma vez disseste: pode ser o fim deste texto, mas jamais será o fim da nossa amizade. juro com o coração.
AMO-TE.
o melhor texto já alguma vez escrito a meias.
está a apetecer-me escrever para ti, mesmo que sejam coisas sem sentido. apetece-me mesmo muito escrever-te e esperar que em cada palavra encontres um abraço reconfortante e um sorriso bonito, que se abre só para ti. estou deitada na cama da minha mãe com o computador nos joelhos, e procuro as palavras cá dentro. na minha cabeça ecoam palavras tuas, palavras que sempre me disseste, que sempre me fizeram sentir melhor. essas palavras, às vezes, chegam durante a noite, quando me preparo para adormecer, quando me sinto muito cansada, eu oiço a tua voz na minha cabeça, a falar-me bem suave e cheia de amor. pois é amor, já só faltam dois dias para fazer um ano que nos conhecemos. e parece que passou tudo num instante, mas as memórias e as recordações não passam assim tão depressa na minha cabeça, pelo contrário: elas gostam de se demorar lá, gostam de me mostrar cada palavra que me disseste, e toda a força que me deste quando mais precisei. só tu não julgaste e me conseguiste fazer sorrir. ter-te deu-me sempre muita segurança. podia não saber quando ía chover, ou se o mundo ia acabar; mas eu sabia que independentemente de tudo tu estarias ali, para mim. e ainda sei isto tudo, ainda sinto isto tudo. eu amo-te, minha inês maria. és a minha melhor-melhor amiga, a minha irmã (que tal como eu) não sabe nadar. e um dia, vou-te buscar aí de carro e vamos até Belém comer uns pastéis e passear descalças lá na relva do jardim. vamos rir muito e eu vou dar-te a mão. depois tu olhas-me nos olhos e sorris muito, também. vendo já o futuro que eu uma vez te contei: eu e tu, velhinhas, a estender roupa na janela. e vai ser tão bom. agora, meu amor, minha pequenina, lembra-te disto: eu estou aqui, sempre. e onde quer que eu vá, tu estás comigo. tu sabes que basta fechares os olhos para estarmos no mesmo sítio. Prometes que antes de ires dormir, fechas um bocadinho os olhos e te lembras de mim, do meu sorriso? eu vou fazer mesmo, inês. antes de dormir, vou fechar os olhos e pensar em ti, mana.